O superendividamento do consumidor é uma questão crescente, que afeta profundamente a vida financeira e o bem-estar de muitas pessoas. A Lei do Superendividamento, introduzida para combater essa situação, oferece um caminho para a recuperação financeira dos indivíduos afetados, garantindo-lhes o direito à renegociação de suas dívidas sob condições mais justas. Este artigo explora as nuances do superendividamento, as soluções propostas pela lei e estratégias adicionais para sair das dívidas.
Superendividamento refere-se à situação em que um indivíduo ou família não consegue quitar suas dívidas, comprometendo a capacidade de manter um padrão de vida mínimo (mínimo existencial). Isso afeta não apenas a saúde financeira, mas também pode levar a repercussões psicológicas, familiares e sociais graves.
A Lei do Superendividamento busca proteger os consumidores vulneráveis ao endividamento excessivo, introduzindo medidas como a possibilidade de desistir do empréstimo consignado, a proibição do assédio para oferta de crédito, e a repactuação de dívidas em condições mais favoráveis. A lei estabelece um valor mínimo existencial, garantindo que os consumidores possam manter despesas básicas enquanto pagam suas dívidas. Importante mencionar, a lei não inclui dívidas com garantia real, financiamentos imobiliários, contratos de crédito rural, entre outros, nas negociações.
O superendividamento requer uma abordagem multifacetada para sua resolução. A combinação de medidas legais com estratégias financeiras pessoais pode oferecer um caminho viável para a recuperação financeira. É essencial que os consumidores busquem informações, utilizem as ferramentas disponíveis e, se necessário, busquem apoio dos órgãos de proteção ao consumidor para sair dessa situação desafiadora.
Advogado e Consultor Jurídico